Para uma solução condigna

Muito gostaríamos que este pudesse vir a ser apresentado, no futuro e mormente em época de eleições, como um caso de sucesso da actual governação.
Ou seja, que, apesar de não se ter preocupado devidamente e em tempo oportuno, com a solução a dar ao que provisoriamente ali ficara instalado, conseguiu, em escassas semanas e mercê da congregação dos esforços dos ministérios envolvidos, lançar mãos a uma solução condigna, que lhe enaltece a eficácia.

José d’Encarnação


08 julho, 2008

A entrega da petição

Já aqui se referiu o que o senhor Presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses comunicou na Assembleia Geral, realizada no mesmo dia 3, em que fomos recebidos, no Palácio da Ajuda, pelo Senhor Dr. Luís Chaby Vaz, Chefe de Gabinete do Senhor Ministro da Cultura e no seu impedimento, por o Senhor Ministro se encontrar (à hora para que solicitáramos a audiência e que foi atendida) em reunião do Conselho de Ministros.

Também a Presidente da Associação Profissional de Arqueólogos emitiu comunicado sobre a ocorrência.

Desnecessário seria, pois, que eu próprio, como primeiro subscritor de uma petição que tem, neste momento em que a consultei (20 h do dia 8), 1416 assinaturas, viesse a terreiro para dizer de minha justiça. Mas talvez não seja tão despropositado assim, pois que gostaria de frisar que estou inteiramente de acordo com as opiniões formuladas e que, na verdade, acho que a audiência não poderia ter corrido de melhor forma. Civilizada, atenta, inteiramente do nosso lado na tentativa consciente de resolver os problemas que, de repente, os apanharam quando levantaram a toalha da mesa... (estou a usar uma imagem que surgiu no decorrer da conversa).

Luís Chaby Vaz sublinhou, por diversas vezes, que o Senhor Ministro e seus mais directos colaboradores estavam plenamente conscientes da gravidade da situação e que esta petição era preciosa achega para dar força à necessidade de uma solução urgente. Ficou, pois, bem claro que ninguém estava contra ninguém, apenas um punhado de cidadãos exerceram, assim, o seu dever de cidadania.

Como, decerto, havemos de ter necessidade de a exercer amanhã, pelas 19 horas, nas instalações do IPA, para onde está prevista a apresentação pública - supõe-se que com pompa e circunstância e eventual direito a declarações em directo para os telejornais - do projecto do novo Museu Nacional dos Coches, a erguer sobre os destroços. Nós apenas queremos que os destroços só venham depois de tudo o que essas vetustas paredes abrigam esteja... a muito bom recato e acessível!

José d'Encarnação

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